Olá querid@ alun@!
Dando sequência ao estudo sobre as linguagens da Arte, vamos
ver esta semana a…
MÚSICA
História da Música
A História da música é muito antiga, visto que desde os
primórdios os homens produziam diversas formas de sonoridade.
Lembre-se, portanto, que a música é um tipo de arte que
trabalha com a harmonia entre os sons, o ritmo, a melodia, a voz...
Todos esses elementos são importantes e podem nos
transportar para outro tempo e espaço, resgatar memórias e reacender emoções.
Veremos como essa linguagem artística caminhou durante os séculos até os nossos
dias para adquirir as características que possui hoje no Ocidente.
A humanidade possui uma relação longa com a música, sendo
essa umas das formas de manifestação cultural mais antigas. Ainda na pré-história, há mais de 50 mil
anos, os seres humanos começaram a desenvolver ações sonoras baseadas na
observação dos fenômenos da natureza.
Os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a
comunicação entre os animais, o barulho do vento balançando as árvores, as
batidas do coração; tudo isso influenciou as pessoas a também explorarem os
sons que seus próprios corpos produziam. Como, por exemplo, os sons das palmas,
dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros.
Nessa época, tais experimentações não eram consideradas arte
propriamente e estavam relacionadas à comunicação, aos ritos sagrados e à
dança.
No Egito Antigo,
ainda no século 4.000 a.C., a música era muito presente, configurando um
importante elemento religioso. Os egípcios consideravam que essa forma de arte
era uma invenção do deus Thoth e que outro deus, Osíris, a utilizou como uma
maneira para civilizar o mundo.
A música era empregada de forma a complementar os rituais
sagrados em torno da agricultura, que era farta na região, e os instrumentos
utilizados eram harpas, flautas, instrumentos de percussão e a cítara - que é
um instrumento de cordas derivado da lira.
Na região da Mesopotâmia,
localizada entre os rios Tigre e Eufrates, habitavam os povos sumérios,
assírios e babilônios. Foram encontradas harpas de 3 a 20 cordas na região onde
os sumérios viviam e estima-se que sejam objetos com mais de 5 mil anos. Também
foram descobertas cítaras que pertenceram ao povo assírio.
Na Ásia -
em torno de 3.000 a.C. - a atividade musical prosperou na Índia e China. Nessas
regiões, ela também estava fortemente relacionada à espiritualidade.
Podemos observar que a cultura musical na Grécia Antiga funcionava como
uma espécie de elo entre os homens e as divindades. Tanto que a palavra "música" provém do
termo grego mousikē, que significa
"a arte das musas". As musas eram as deusas que guiavam e inspiravam
as ciências e as artes.
É importante
ressaltar que Pitágoras, grande filósofo grego, foi o responsável por
estabelecer relações entre a matemática e a música, descobrindo as notas e os
intervalos musicais.
Sabe-se que na Roma
Antiga, muitas manifestações artísticas foram heranças da cultura
grega, como a pintura e a escultura. Supõe-se, dessa forma, que o mesmo ocorreu
com a música. Entretanto, diferente dos gregos, os romanos usufruíam dessa arte
de maneira mais ampla e cotidiana, no dia a dia.
Durante a Idade
Média a Igreja Católica esteve bastante presente na sociedade europeia
e ditava a conduta moral, social, política e artística.
Naquela época, a música teve uma presença marcante nos
cultos católicos. O Papa Gregório I - século VI - classificou e compilou as
regras para o canto que deveria ser entoado nas cerimônias da Igreja e
intitulou-o como canto gregoriano.
Já na época
renascentista - que compreende o século XIV até o século XVI - a
cultura sofreu transformações e os interesses estavam voltados para a razão, a
ciência e o conhecimento do próprio ser humano.
Tais preocupações se refletiram também na música, que
apresentava características mais universais e buscava se distanciar dos
costumes da Igreja.
Uma característica significativa da música nesse período foi
a polifonia, que compreende a
combinação simultânea de quatro ou mais sons. Podemos citar como um grande
compositor da Renascença Thomas Weelkes.
O compositor clássico italiano Antonio Vivaldi foi um grande
expoente da música barroca. A partir do século XVII, o movimento barroco promove mudanças marcantes no cenário
musical. Foi um período bastante fértil e importante para a música ocidental.
O surgimento das óperas
e das orquestras de câmaras também acontece nessa fase, assim como o
virtuosismo dos músicos ao tocar os instrumentos. Os maiores representantes da
música barroca foram Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach, Domenico
Scarlatti, entre outros.
No Classicismo,
que corresponde ao período em torno de 1750 e 1830, a música adquire
objetividade, equilíbrio e clareza formal, conceitos já utilizados na Grécia
Antiga.
Nessa época, a música
instrumental e as orquestras ganham ainda mais destaque. O piano toma o
lugar do cravo e novas estruturas musicais são criadas, como a sonata, a sinfonia, o concerto e o quarteto
de cordas. Os artistas que se sobressaíram são Haydn, Mozart e Beethoven.
No século XIX,
o movimento cultural que surgiu na Europa foi o Romantismo. A música predominante tinha como qualidades a
liberdade e a fluidez, e primava também pela intensidade e vigor emocional.
Esse período musical é inaugurado pelo compositor alemão
Beethoven - com a Sinfonia nº3 - e passa por nomes como Chopin, Schumann e sua
esposa Clara Shumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R. Strauss, entre outros.
Com o
surgimento do rádio, no século XX, a música tomou outras proporções, ganhou nova roupagem e uma grande transformação. Novas
tecnologias e suportes para a gravação e divulgação musical ajudam a
popularizar essa linguagem artística e projetar cantores e compositores, já que
eles não dependiam mais somente dos concertos musicais, em locais específicos.
Com opções mais variadas, o público começa a ter contato com
outros tipos de música, e músicas de outros países, por exemplo. Alguns
artistas também passam a incorporar novos elementos em suas produções, como
instrumentos até então pouco explorados e objetos sonoros.
Um exemplo é o multi-instrumentista
brasileiro Hermeto Pascoal, que tira sons tanto de flautas e pianos como de
objetos do cotidiano como chaleiras, pentes, copos d'água e brocas de
dentistas. A compositora Adriana
Calcanhoto também possui um projeto de música infantil que faz uso de
diversos brinquedos para produzir suas composições.
Podemos citar como grandes nomes da música do século XX o
brasileiro Heitor Villa-Lobos, o
russo Igor Stravinsky, o nigeriano Fela Kuti, a pianista brasileira Chiquinha Gonzaga, o norte-americano
Louis Armstrong, a francesa Lili Boulanger, o argentino Astor Piazzolla, e
muitos outros.
Autora: Laura Aidar
Arte-educadora, artista visual e fotógrafa.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/historia-da-musica/
ATIVIDADE
1-
Copie o texto no seu caderno. Em seguida, responda as questões abaixo.
2-
Qual o tipo de música você mais gosta?
3-
Faça uma pesquisa sobre o seu estilo musical preferido. Busque informações
sobre a origem do estilo, onde e como surgiu, os principais artistas e suas
principais influencias.
4-
Agora, um desafio! Crie uma música... Escreva uma letra para sua canção e, se
quiser, crie também uma melodia bem bonita!
Divirta-se!
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